sábado, 4 de outubro de 2008

Homem do Saco

Um homem carrega um saco
Nas costas, como um Atlas
Um faro e um passado
Sonhos de liberdade
Vivendo como ratos enclausurados
Uma migalha, um dia a mais
Um sorriso motivador, um peso a mais
De nós esperavam tanto
Mas um tanto de nós não esperava por isso
Há vontade decorrer e ir para longe
Quanto mais longe, mais perto
Aquilo que nos persegue sempre
Devemos deixar outros e nós?
Para contar nossas histórias
Para sonhar com a liberdade
Como ratos enclausurados

...


1,2,3

Do alto do céu
Sobre as nossas cabeças
Despenca a noite
Vorazmente
Sento-me no canto de um prédio
Envolto em silêncio
Olho firme e calmo
Regurgito pensamentos
1,2,3...
Nosso ônibus está vindo...
Sei que o olho que tudo vê
Sonda meu destino, vela meus passos
Certos ou errados
Caminhos belos e pesados
Dias em que sou de Ouro, dias em que sou descartável
Há coisas que demoram-se
Mas essa coisa que sinto logo passará
Sei que vocês estão comigo
Mandando boas Energias de algum lugar
Sei que vocês estão...
Nesse milésimo de Distração
Nesse segundo de Ironia
Nesse minuto da Existência...

...

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