segunda-feira, 6 de outubro de 2008

POESIA DO ACASO

Somos tão estranhos
Somos diferentes
Às vezes nos entendemos
E até nos esquecemos
Falaram que era para amar
Mas não falaram da dor
Disseram que era para continuar até aonde for
Ainda mostraram, que era para não se arrepender...
E que tudo o que é para ser
Ainda não aconteceu
Mas esconderam a verdade
Em suas faces falsas
E ocultaram a alegria que tinham
Em seus olhares tristes
Começaram a morrer em pensamento
Perdíamos tempo, controlando o tempo
Escrevíamos sobre coisas de amor
Falávamos de amor
E terminamos por amor
Contamos com você
Mas não apareceu
Fizemos estória
Contamos para alguém
Passaram-se os dias
Lembramos de quase tudo
Curtimos nossa vida
Fizemos quase tudo
Mas mentimos quantas vezes
Todos, e a todos nos enganamos...
Choramos quantas vezes
Sozinhos e abraçados
Fizemos poesias tolas
Com coisas do passado
Fizemos tudo por amor
Terminamos por acaso

...

Anjos de Guerra

Quando os teus segredos
Revelam-se aos seus medos
Perece que você vai se perder
Ainda lembra do passado
Mas se esquece que ontem não esteve lá
Você menteE fingi ter terminado
Aquilo que não começou
Teu amor é uma fulga
E na volta, ainda te espera
A cor do nosso sangue
Corre nas veias escondidas
Mas podemos imaginar
O que podemos imaginar
Que pode haver por detrás disso tudo
Tanto eu quanto você
Tememos um ao outro
Parecendo anjos de guerra
Que amam, mas também odeiam
Morrem ou matam
Por amor, por honra, por justiça
É sempre uma mão de duas vias
Ainda posso me lembrar
De cada dia na terra esquecida
Onde você não existia
Quando você se escondia
O teu abrigo era o meu vazio
Eu me vi perdido
E não tinha onde me esconder
Somos como anjos de guerra
Que amam, mas não podem ficar juntos
Como anjos de guerra
Prontos para ficarem em paz
Mas que não se deixam levar por nada
Nem pelo lado certo
Em sonhos ou somente neles
Você se vê num abrigo claro e seguro
Eu sou teu abrigo
Mas não posso me esconder
Desse mundo, dos perigos...
De tudo o que possa acontecer...


...

Sobre a passividade de certos filósofos e poetas

Que o Otimismo Determinista de Leibniz queime!
Que o milagreiro Pascal evapore em suas confusões metafísicas!
Que o Pessimismo de Shopenhauer se anime
Que o Dever Kantiano quebre-se!

Que o Lirismo poético de Nietzsche sorria sem disfarces...
Que o Sarcasmo de Voltaire ressuscite!
Que a grandeza de Nelson Rodrigues se Repita
Eternamente!


...

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